O Testamento Macabro e Hilário de Judas (e da Sabina Intrometida!)

 O Testamento Macabro e Hilário de Judas (e da Sabina Intrometida!)

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Preparem os rojões e as gargalhadas nervosas, porque a Sexta-Feira Santa no Brasil tem um tempero pra lá de peculiar! Se você pensa que a data é só de missa e peixe, é porque nunca presenciou a gloriosa (e um tanto sádica) 

Malhação de Judas

Ah, essa festa popular que nos permite extravasar aquela raivinha contida, sabe? Tipo uma sessão de terapia coletiva com direito a boneco de pano apanhando!

No meu tempo de moleque, lá pelas bandas do Nordeste, isso era mais esperado que a chegada do São João. A gente se reunia pra bolar o testamento do Judas, cada verso mais ácido e engraçado que o outro. Era uma verdadeira competição de quem zuava mais o pobre do traidor. E a leitura em praça pública? Uma catarse! A multidão ia do riso debochado ao grito de vingança em questão de segundos. Bons tempos aqueles em que a gente podia linchar um boneco sem ter que dar explicações no Twitter!

Mas a tradição, como um bom angu, vai esfriando com o tempo. Dizem que a molecada de hoje tá mais ligada no TikTok que em arrastar um boneco pelas ruas. Uma pena, porque perder essa catarse coletiva é quase perder um pedacinho da nossa alma zoeira.

Aí que entra a peculiaridade mineira, que sempre tem um "trem" a mais pra botar na prosa. Em Minas, a coisa fica ainda mais... interessante. Além do Judas, eles tacam fogo numa tal de **Sabina**. Sabina, minha gente! Eu fico aqui imaginando quem seria essa figura misteriosa que conseguiu a proeza de ser tão odiada quanto o próprio Judas Iscariotes. Será que ela furou o pão de queijo de alguém? Trocou o doce de leite por goiabada? Ou pior, será que ela revelou o final de alguma novela?

A verdade é que ninguém sabe ao certo quem é essa Sabina e qual foi o seu pecado capital. Mas lá está ela, ano após ano, dividindo as labaredas com o pobre do Judas. Queimando juntinhos, talvez em um pacto secreto de traição ou, quem sabe, vítimas de alguma fofoca cruel que correu pelas montanhas de Minas.

Enquanto o boneco de Judas arde em praça pública, levando com ele nossas frustrações e risadas, a imagem da Sabina queimando ao lado adiciona uma pitada de mistério e humor ainda mais bizarro à festa. Afinal, se Judas traiu Jesus, o que será que a Sabina aprontou para merecer um lugarzinho VIP na fogueira da vingança popular? Só nos resta imaginar as teorias mais mirabolantes e rir (nervosamente) da desgraça alheia. Porque, convenhamos, rir é o melhor remédio... principalmente quando a gente não é o próximo na fogueira!